Sininho – Análise

Um novo filme da Disney, monstra-nos o nascimento de uma das fadas mais queridas do mundo, Sininho! Veja  a análise do filme neste blog.

Sininho, que todos nós nos habituámos a ver sempre a acompanhar Peter Pan nas suas aventuras, não esteve sempre com o rapaz que será eterna criança.

A verdade é que esta fada, tal como todas as outras, nasceu da gargalhada de um bebé que foi levada pelo vento até ao Vale das Fadas, um lugar mágico, cheio de cor e alegria, cenários encantadores onde as fadas desempenham as suas funções com entusiasmo, e preparam a chegada das estações do ano!

 

O conto desta personagem tão amada de Walt Disney passou por várias reformulações e o seu lançamento foi adiando por diversas vezes, mas ainda assim, valeu a pena esperar!

 

O filme conta as aventuras desta fada, que podemos ver a falar pela primeira vez, e das suas amigas: Rosetta, a fada do jardim, Silvermist, a fada da água, Iridessa, a fada da luz e Fawn, a fada dos animais. Ao ver todas elas com um talento especial, Sininho não se contenta em ser apenas uma Tinker, ou seja, uma fada que “constrói coisas”, e acabada por pedir às novas companheiras que lhe ensinem a ser “diferente”. As tentativas acabam sempre em peripécias, e a preparação para a chegada da Primavera fica arruinada! Agora Sininho, com o apoio das suas amigas e dos seus companheiros, entre os quais Clank e Bobble, a dupla engraçada, terá que trabalhar arduamente e salvar a chegada da estação das flores. Conseguirá ela aceitar-se como é e descobrir o seu lugar especial no Vale das Fadas?

 

 

Apesar de o filme retratar o início da vida da Sininho, podemos ver em determinadas situações alguns traços característicos da fada dos filmes de Peter Pan, como a impaciência e a fácil irritação.

Há que destacar a magia da narração inicial e das músicas, que nos levam a viajar verdadeiramente até ao mundo das fadas! Na realidade, o filme em si tem uma magia que há muito não se via e há certas cenas às quais é impossível ficar indiferente, como o adorável nascimento da Sininho. É encantador e tem uma moral brilhante, que apesar de já ter sido usada noutros filmes, ganhou outro sentido usada no contexto em questão. Passa a mensagem de que independentemente daquilo que somos, há que descobrir o que somos capazes de fazer, aquilo que nos torna únicos e especiais!

 

Relativamente à animação, o filme suscitou algum receio por ser em 3D. No entanto conseguiu superar as expectativas e tanto os cenários como as personagens surgiram com muito boa animação. Salientam-se apenas certos aspectos que poderiam ter sido melhorados, como o cabelo das figuras, que poderia ter mais fluidez.

 

No que diz respeito às vozes, pode-se dizer que são convincentes. Destaca-se apenas a voz da Sininho, por Mae Whitman, que, por vezes, não teve a suavidade que a situação exigia, e tornou-se irritante. Das músicas, refere-se Fly To Your Heart de Selena Gomez – apesar de não ter a voz mais formidável de todas, correspondeu bem ao que era necessário e a doçura encaixou realmente bem. Em geral, todas as músicas ficaram formidáveis e elevaram o nível do filme.

 

 

Vozes Originais:

Sininho – Mae Whitman

Rosetta – Kristin Chenoweth

Iridessa – Raven-Symoné

Silvermist – Lucy Liu

Fawn – America Ferrera

Fada Mary – Jane Horrocks

Terence – Jesse McCartney

Clank – Jeff Bennett

Bobble – Rob Paulsen

Vidia – Pamela Adlon

Rainha Clarion – Anjelica Huston

Narrador – Loreena McKennitt

Ministro – Steve Valentine

 

Músicas Originais:

“To the Fairies They Draw Near” – Loreena McKennitt

“Fly to Your Heart” – Selena Gomez

“How to Believe” – Ruby Summer

“Let Your Heart Sing” – Katharine McPhee

“Be True” – Jonatha Brooke

“Shine” – Tiffany Giardina

“Fly With Me” – Kari Kimmell

“Wonder of It All” – Scottie Haskell

 

Quanto à versão portuguesa, as vozes podiam ter sido mais bem escolhidas, mas não estão de todo detestáveis, até se aceitam bem. Em certos casos a tradução faz com que se perca o sentido original de determinada cena, mas mesmo assim o resultado foi bastante bom – excluindo o caso dos nomes, que não convencem totalmente, como Silvermist passar a Neblina de Prata.

No que toca às músicas, nada a apontar, encaixam muito bem no filme. A excepção é a versão portuguesa de Fly To Your Heart, que desiludiu e muito – a escolha da voz (Ana Free), a letra, e o próprio videoclip ficaram muito áquem das expectativas.

 

Vozes Portuguesas:

Sininho – Carla Garcia

Roseta – Rita Tristão
Iridessa – Diana Nicolau
Neblina de Prata (Silvermist) – Ana Catarina Afonso
Fawn – Mafalda Teixeira
Fada Maria – Grancinda Nave
Terence – Luís Simões
Clank – Ricardo Castro
Bobble – Pedro Górgia
Vídia – Adriana Moniz
Rainha Clarion – Sónia Brazão

 

Músicas Portuguesas:

Voa até ao teu coração – Ana Free
“A reunião das fadas” –  Anabela Pires
“Sejam fiéis a quem são” –  Anabela Pires, Madalena Neto e Inês Vaz

                        

Nota do filme (de 0 a 5, parâmetros do blog): 4,5